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terça-feira, 17 de março de 2015

A HUMILDADE DE DILMA

Ainda bem que o movimento já estabeleceu 12 de abril como uma nova data para saber o que foi feito.”

Milhares de brasileiros nas ruas gritando “BASTA!”, mandando um recado direto de que chega de corrupção, e ao final de um primoroso protesto tivemos que assistir ministros e aliados da Presidente Dilma, numa total falta de sintonia com o sentimento de todos que tomaram as ruas para protestar contra o estado de corrupção que foi institucionalizado em nosso país, demonstrando pra população que ainda não entenderam a mensagem das ruas.
A tentativa de descaracterização dos protestos, tentando insinuar que os mesmos se tratam apenas do "eco" dos que não votaram no PT, soou muito mais como um insulto do que como justificativa.

Somente no dia seguinte é que a Presidente, ainda não refeita do susto, ocupou a mídia pra falar à Nação, dizer que tem humildade pra reconhecer a insatisfação popular e que a partir de agora a palavra de ordem é “diálogo”. 

DEMITIR MINISTROS
Ora se a Presidente realmente reconhece a legitimidade das manifestações, e se não for mais um engodo o seu discurso de que deseja diálogo, a primeira providência seria afastar os auxiliares que não enxergaram dessa forma, que não entenderam a mensagem das ruas. 

Porque se eles não enxergaram e não entenderam, estando ao lado dela, a contaminarão com tal cegueira, e não poderão contribuir para o atendimento aos nossos pleitos.

A Presidente repetiu as palavras “humildade” e “diálogo”, mas deixou evidente que o diálogo a que ela se refere, objetiva muito mais ouvir que interagir. No diálogo a que ela se propõe, parece não haver alternância entre emissor e receptor. Ela parece objetivar ser receptora em tempo integral.

E isso é preocupante por dois aspectos: 

- Primeiro porque as promessas da presidente não contam mais com a credibilidade da população, as mentiras por elas proferidas durante o período eleitoral, nem mesmo acabaram de sair do forno; e

- Segundo, porque o que a sociedade brasileira mais espera nesse momento, são respostas imediatas.

CORRUPÇÃO DESENFREADA
O que será que a Presidenta ainda deseja ouvir, que já não ouviu? 
Desde de junho de 2013, que a população clama por reforma política, e grita contra a corrupção desenfreada patrocinada especialmente pelo alto escalão do seu governo.

Logo após as manifestações de junho de 2013, o Congresso, em resposta ao clamor popular, prometeu fazer a reforma política, o povo acreditou e ficou a esperar por uma promessa que não interessava nem a Presidente Dilma e nem à maioria dos congressistas. 
Nesse momento cada um fez seu papel de ator, o Congresso fingia interesse na reforma, enquanto o Planalto dizia discordar do texto.

ENGANOSAS PROMESSAS
E nesse remanche chegamos aos protestos de março de 2015 sem que nada efetivamente tenha passado de enganosas promessas, não temos como acreditar que mais uma vez a presidenta venha com promessas enganosas. 
É preocupante que ela continue usando o discurso como instrumento de manobra e protelação, dizendo que deseja ouvir, mas não dizendo que deseja mudar a sua forma de governar; dizendo que que deseja reforma política, mas a reforma política defendida pelo PT.

Preocupante isso, muito preocupante!

RECUO DO PMDB
Não quero desviar o foco dessa artigo, mas não posso deixar de comentar sobre o assustador recuo do PMDB, para mostrar que o grito das ruas, não aprova o oportunismo do PSDB, e nem compactua com o fisiologismo do PMDB, por isso assustou a todos e fez o PMDB, principal algoz nesse momento, recuar numa velocidade impressionante.

O panelaço que fez parte das manifestações, ainda ensurdecia cidades quando o presidente da Câmara Eduardo cunha se apressava em informar que arquivaria todos os pedidos de impeachment, pedidos que foram cuidadosamente articulados sob as suas barbas.

Ainda bem que o movimento já estabeleceu 12 de abril como uma nova data para saber o que foi feito.

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