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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

SAMUEL SEM TEMPO PARA LEGISLAR

O jornalista André Barros, apresentador do programa Atalaia Mais, transmitido pela Tv Atalaia, resolveu entrevistar o deputado capitão Samuel Barreto (PSC), para saber o tamanho e a sintonia do bloco de oposição, que na legislatura passada, deitava, rolava e cantava de galo na tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe-Alese.

Constrangido o deputado Samuel, procurava caracterizar a presença do deputado Venâncio Fonseca (PP) na chapa montada pelo governo, como um mérito da oposição, quando todos sabem que foi uma negociação individual, na qual Fonseca foi premiado por ter largado a liderança da oposição.

Se o constrangimento já era visível, ficou mais acentuado ainda, quando já no final da entrevista, André resolveu perguntar a Samuel, o que ele achava da atitude do deputado Zé Franco (PDT), que na condição de presidente efetivo da Alese, há 8 dias do final da legislatura, liberou verbas de subvenções, mesmo sabendo que tramitava no Poder Judiciário, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), relativa à liberação de tais recursosato.

Quando os telespectadores aguardavam de Samuel uma resposta plausível, e possivelmente uma desaprovação do ato, que soou como um desafio para com a justiça, e como um deboche para com a sociedade. Barreto ofereceu a seguinte resposta: “AINDA NÃO TIVE TEMPO PARA ANALISAR”.

A resposta foi tão afrontosa, que o próprio Barreto a sussurrou direcionando o olhar para a bancada. Esbanjando gentileza, Barros mudou de assunto, quando a cartilha de um repórter recomendaria, no mínimo, enfatizar a resposta do entrevistado, disparando as seguintes perguntas: 
“NÃO TEVE TEMPO?”;
“NÃO TEVE TEMPO DE QUE DEPUTADO?;
DE LEGISLAR?;
DE FISCALIZAR A PRÓPRIA CASA DEPUTADO?”.

Mas como não houve repórter para fazer essas perguntas, a sociedade sergipana vai ter que continuar convivendo com essa realidade nefasta, onde se faz oposição de mentirinha e onde muitos jornalistas jogam fora a dignidade da profissão, para agradar governos e autoridades.
Há as exceções é claro! Mas elas estão cada dia mais difícieis de serem localizadas.

ORFÃ
Houve quem defendesse que a saída do deputado Venâncio Fonseca da liderança, deixou órfã a “oposição” na Alese, mas isso não é uma verdade absoluta. O problema, é que alguns deputados estavam compondo a oposição por apenas dois motivos.

Primeiro por que o ex-governador Marcelo Deda não era afeito ao atendimento fisiológico exacerbado, e segundo porque havia uma expectativa, que em alguns momentos chegou a ser real, de que a oposição assumiria o governo de Sergipe na pessoa do senador Eduardo Amorim.

GOVERNISTAS
Hoje após a frustração desse sonho, a oposição se diluiu porque ela era essencialmente composta por gente que nasceu e se criou no colo dos sucessivos governos, isso fez com que alguns deputados acordassem para a realidade e percebessem que ser oposição é coisa pra quem sabe ser e fazer oposição.

INDISPOSIÇÃO
Ao perceber que a oposição estava quase toda disposta a migrar para os encantos do governo, o deputado Venâncio se antecipou em informar que não mais estaria disposto liderar o bloco oposicionista, visto que essa tarefa que nunca foi fácil, passaria a ser árdua com a falta de liderados.

JOGO DUPLO
Percebendo a possibilidade de naufrágio, o deputado federal André Moura (PSC), embalado pela euforia com a vitória do peemedebista Eduardo Cunha para presidente da Câmara Federal, chegou em Sergipe, sentou no lugar do comandante e sentenciou que os oposicionistas que estivessem fazendo “jogo duplo”, seriam denunciados e não aceitos no bloco da oposição.

DESASTRE
A declaração de André revelou-se um desastre, um primor de inabilidade política, já que além de nada ter a oferecer, os deputados que deram sustentação ao projeto oposicionista, enfrentaram durante o último pleito um quase abandono por parte dos maestros do agrupamento. Ressentidos, não estariam em condições de receberem pito público.

REAÇÃO
Como reação à declaração de Moura, algumas vozes se levantaram de imediato. O deputado Augusto Bezerra respondeu que não tem satisfação a dar ao PSC, Venâncio Fonseca disse que só fica onde é “bem vindo”, o próprio Capitão Samuel, chegou a revelar de forma tímida que André é um grande político, mas que o seu líder é Eduardo Amorim, a deputada Goretti Reis não respondeu publicamente, mas em off chegou a questionar se quem estaria fazendo “jogo duplo”, não seria o próprio Moura que em Sergipe faz oposição ao PMDB, e em Brasília apoia incondicionalmente o PMDB.
O bolo é grande!

MERCANTILISMO 
A tendenciosidade e a parcialidade dominaram definitivamente o radiojornalismo sergipano, vale tudo em favor do projeto político de quem pague mais. Chega a ser exaustiva, a busca por uma emissora de rádio ou veículo de comunicação que preste o essencial serviço de INFORMAR COM CREDIBILIDADE e IMPARCIALIDADE. 

A mínima especulação sobre as próximas eleições tem tornado essa conduta muito mais evidente, num total desrespeito ao que preceitua a função de radialista, que em Sergipe tem sido confundida e por vezes substituída pelo assessoramento escancarado e amoral. É lamentável que nos dias atuais a imprensa esteja tão contaminada, ao ponto de se submeter, tornando-se subserviente à benesses financeiras. 

PT 
Nova fase da Lava Jato não constrange governo, diz ministro de Relações Institucionais Pepe Vargas. Na verdade, nunca constrangeu. 

PETROBRÁS 
Apesar da situação pré-falimentar, a Petrobrás decidiu manter o subsídio de 12 milhões de reais destinados às escolas de samba. O carnaval é um formidável negócio e com um patrocínio desse fica melhor ainda. 

BAPTISTÃO 
Um assessor do governo está desconfiando de que há uma articulação sendo desencadeada, para fazer aterrissar na Secretaria de Turismo Esporte e Lazer uma parte da turma que faz a publicidade de Socorro. O argumento utilizado, é o de que o Baptistão precisa de marketing exclusivo. Mas o assessor revelou que na verdade a equipe deseja mesmo é promover a imagem de Fábio Henrique para projetos futuros, e tudo isso bancado pelos abarrotados cofres do Estado. Comenta-se até, que o Baptistão já foi cedido por Fábio, para abrigar um evento promovido por um bloco carnavalesco que ficou atordoado com o fim do Precaju. Captação de sufrágio com espaço público. Pode ou não? 

LIXO 
Se é verdade que o contrato da Torre, termina em maio, e se a Prefeitura de Aracaju está vivendo uma gestão moderna como foi anunciado no programa eleitoral, o edital da licitação para contratação de uma nova empresa já deveria estar pronto, isso é o mínimo que se pode exigir de uma gestão que atue com planejamento. Ou vão esperar maio chegar, para começar a elaborar o edital, e preferencialmente com falhas como ocorre rotineiramente em alguns órgãos da administração pública. 

DINHEIRO NA CUECA 
Se aprovado o projeto de lei do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) que extingue o dinheiro em espécie no Brasil. Vai ter gente que vai ficar com a cueca folgada. 

AUMENTO 
Além do aumento no preço do combustível, os proprietários de veículos terão também um aumento de aproximadamente de 4% no consumo, em razão dos 27% de etanol que serão misturados à gasolina.

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