domingo, 25 de janeiro de 2015

PSD RIFA GUSTINHO 

Um grupo criado no Whatsapp pelo jornalista Habacuque Villacorte, cujo tema principal das discussões gira em torno da política local e seus desdobramentos, tem servido para apimentar o debate sobre temas polêmicos. Na pauta atual estão as Subvenções e a disputa pela presidência da Alese. 

Com formato aberto, mas com ares de área privativa, o grupo vem conseguindo arrancar revelações surpreendentes de alguns dos seus diletos membros, que vez por outra, acabam se arrependendo de uma ou outra declaração.

Nesse grupo, o deputado federal Fábio Mitidieri tem se destacado como um político com mandato que não foge dos debates. Porém no último sábado, após revelar um comportamento que caracterizou o rifamento da candidatura de Gustinho Ribeiro, ele teve que reconhecer que falou demais. 

Integrante do mesmo grupo, o jornalista Diógenes Brayner, anunciou com ares de furo de reportagem que o governador Jackson Barreto havia batido o martelo e definido o nome de Luciano Bispo como o candidato dele à presidência da Alese.

Mas do grupo participam diversos outros formadores de opinião, e alguns deles com bom transito também nos bastidores. Houve quem questionasse a informação, houve quem duvidasse dela, e houve inclusive quem assegurasse que a informação passada por Brayner, não era verdadeira.

Na mesma linha de Brayner, seguia Fábio Mitidieri, com apenas um diferencial, Mitidieri tentava confirmar a informação, mas procurava falar de forma sutil, porque tenta não explicitar para Gustinho, por quem nutre amizade e parceria, que tem preferência por Luciano.
A forma escorregadia com a qual Fábio tentou não se comprometer, o levou a receber pesados questionamentos, e o fez revelar coisas que não desejava.

Mas há entre os integrantes do grupo, um consenso de que fato consumado, só após o anúncio oficial do governador. Até agora, de concreto só existe a incerteza quanto ao tamanho do compromisso de Jackson com a candidatura de Luciano.

Incontestável mesmo é pressão silenciosa de alguns articuladores em favor de Luciano, como por exemplo Fábio Mitidieri e o pai, Jeferson Andrade, Jerônimo Reis e Fábio Reis além de Goretti e de outros deputados que estavam integrando a chapa de Bispo. 

A "pressão" exercida pelos Mitidieri por exemplo, não se trata de um ato literal, mas uma pressão simbólica, exercida de forma discreta. Há nesse caso, a força de dois mandatos (federal e estadual), isso por sí só, já deixa o governador com a preocupação de não contrariá-los.
Se os Mitidieri declarassem apoio público à candidatura do partido, isso certamente inibiria alguns gestos do governador em favor de Luciano. Mas, de forma habilidosa, Fábio apoia Luciano, sem na verdade precisar explicitar esse apoio. 

Ocorre que se a oposição perceber alguma insatisfação, e notar que tem 4 ou 5 deputados vagando, montará uma chapa de última hora e poderá surpreender. E para que isso não ocorra, o governador terá que ter a habilidade, de não deixar descontentes pelo caminho, ao final do processo de escolha. 
Porém, se o candidato de Jackson for Luciano, e Gustinho mantiver a candidatura dele, o teatro dos Mitidieri cai por terra, pois Luís terá que votar contra um, ou contra outro. Contrariando assim a tese sustentada por Fábio, que serve apenas para não desagradar Gustinho nesse momento. 

Diferente do que estão anunciando, ainda não foi escolhido o presidente da Alese. Pode já ter sido decidido o candidato de Jackson, mesmo assim isso só ficará caracterizado quando houver o anúncio público, até porque tanto Gustinho quanto Garibalde continuam em campanha respaldados pelo governador. 

Por isso que sem anúncio, a decisão atribuída a Jackson não pode ser considerada. E se a tradição perdurar, só a partir da decisão do governador, é que o jogo efetivamente começa. 

Sendo verdade que o governador já optou pelo nome de Luciano Bispo, essa decisão poderá ser prejudicada em razão do pedido de impugnação que está sendo preparado por membros da oposição.

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