quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

JACKSON, A ALESE E A MUDANÇA DE RUMO.

É verdade que Jackson não tem candidato preferido para vencer a eleição da Alese.
Mas não é verdade que ele nunca teve. Jackson já teve candidato preferido com nome e endereço.
Tratava-se de Luciano Bispo de Lima de Itabanana/Se.

Ocorre que, ainda embebecido com o resultado das urnas, Jackson não atentou para o fato de que há um bom tempo, os deputados não estão aceitando mais, a interferencia do executivo, qdo ela surge pronta e acabada, nos moldes dos anos 80, quando o deputado era chamado no Palácio no dia da votação e saía de lá, com uma chapinha no bolso, direto pro plenário da Assembleia Legislativa.

Claro que nenhum deputado, de nenhuma legislatura, assumiria publicamente o fato, mas considerável parcela da sociedade, tem conhecimento de que o apoio ao candidato indicado pelo governador, é dado em forma de barganha, na troca por cargos e favores.

É inimaginável que a coisa não funcione ainda no mesmo formato, mas ante a institucionalização da infidelidade partidária, que cria uma instabilidade na base governista, os deputados descobriram que em vários momentos, o governo sofre boicote e acaba necessitando recompor a base parlamentar para obter a maioria tranquilizadora. 

E isso faz com que os deputados criem uma certa independencia para a escolha do presidente, na certeza de que se reconciliarão com o governo mais à frente. Por essa independencia, eles acabam não engolindo qualquer nome.

Jackson já desejou Luciano Bispo, mas o tempo e as reações, foram suficientes para convencê-lo de que escolheu um nome carregado de inviabilidades. 

Para apoiar Luciano Jackson começaria por contrariar deputados da própria base, depois teria que voltar a transformar a Casa Civil num grande balcão de negócios, contrariando seu discurso de austeridade, rigor com o inchaço da máquina e necessidade de contenção das despesas.

Depois de tudo isso, Jackson correria o risco de ver todo o seu projeto naufragar, em razão das pendencias judiciais que envolvem Bispo.
Já houve inclusive depoimento de membro importante do núcleo político que assessora o governador, que ele precisa lembrar que Luciano Bispo não é esse aliado histórico que apregoa ser.

Na verdade, Bispo somente está aliado ao governo, por conta do rompimento de Deda com Maria Mendonça, não fosse isso, Luciano estaria ao lado do DEM, onde sempre esteve e por onde elegeu seu irmão Arnaldo Bispo deputado estadual.

Jackson é uma raposa política e já percebeu que o nome de Bispo está inviabilizado, é possível que o governador já esteja procurando uma alternativa, mas Jackson também tem consciência que Gustinho Ribeiro ainda é muito verde para a responsabilidade que o Poder Legislativo exigirá de seu presidente.

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